quinta-feira, 31 de julho de 2008

Existem ou existirão Guerras pela água?

O senador João Capiberibe (PSB-AP) alertou, em pronunciamento no Senado Federal na sexta-feira (26/3/2004), sobre o risco de conflitos internacionais que poderão ocorrer devido à escassez crescente de água. O ex-governador do Amapá informou que a Organização das Nações Unidas já identificou 300 áreas com potencial para conflitos hídricos.
Esta previsão de guerra da ONU é citada em todo planeta. O alerta, largamente difundido, de que a disputa pela água vai ser o principal motivo de guerras no século 21 serve como argumento para conscientizar sobre as graves conseqüências da escassez crescente deste recurso natural vital para a vida ou simplesmente reforça a ideologia bélica que predomina no mundo?
O ecologista Arno Kayser, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, o primeiro criado no Brasil, acha que esta história de guerra da água só serve para legitimar a indústria bélica. "É preciso ressaltar a importância da convivência harmônica como forma de solucionar os conflitos pelo uso da água", afirma Kayser.
Um dos criadores da Lei de Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul (nº 10.350/94), Luiz Antônio Tim Grassi, funcionário aposentado da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), concorda com Kayser e defende um movimento para mostrar que a água é motivo de paz, e não de guerra. Que pode, e deve, haver também convergência, e não apenas conflito.
A polêmica veio à tona durante a Terça Ecológica promovida em Caxias do Sul pelo Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJRS) em 23/3/2004, em parceria com a Associação Riograndense de Imprensa e com apoio do Samae, o serviço de água e esgoto do município, e da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Este foi o primeiro evento realizado pelo NEJRS fora de Porto Alegre.

A escassez da água potável no mundo


Água doce e limpa: de "dádiva" à raridade*
Estudiosos prevêem que em breve a água será causa principal de conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em áreas do planeta como Oriente Médio e África. Mas também os brasileiros, que sempre se consideraram dotados de fontes inesgotáveis, vêem algumas de suas cidades sofrerem falta de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas. Entre os países, o Brasil é privilegiado com 12% da água doce superficial no mundo.

Outro foco de dificuldades é a distância entre fontes e centros consumidores. É o caso da Califórnia (EUA), que depende para abastecimento até de neve derretida no distante Colorado. E também é o caso da cidade de São Paulo, que, embora nascida na confluência de vários rios, viu a poluição tornar imprestáveis para consumo as fontes próximas e tem de captar água de bacias distantes, alterando cursos de rios e a distribuição natural da água na região. Na última década, a quantidade de água distribuída aos brasileiros cresceu 30%, mas quase dobrou a proporção de água sem tratamento (de 3,9% para 7,2%) e o desperdício ainda assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas públicos.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Composição Quimica da Água

ÁGUA: Composto químico com duas partes de hidrogênio e uma de oxigênio encontrado nos estados: sólido (gelo, neve), líquido (nuvens, mares, lagos, rios), e gasoso (vapor d’água). Componente líquido essencial para o desenvolvimento e sustentação da vida, possui um grande poder de dissolução de muitas sustâncias químicas; por essa razão é considerada Solvente Universal.

O desperdisio de água


Brasília - Diariamente nas capitais brasileiras o desperdício de água potável equivale a 2.500 piscinas olímpicas (em média 2,5 milhões de litros de água). E a culpa neste caso, não é do consumidor. A perda de cerca de seis bilhões de litros – o suficiente para abastecer 38 milhões de pessoas – acontece entre a retirada dos mananciais e a chegada às torneiras.
Os números fazem parte de um relatório do Instituto Socioambiental (ISA), que traça um panorama do alcance de sistemas de saneamento básico e do volume de desperdício de águas no país. De acordo uma das coordenadoras do ISA Marussia Whately, as perdas são causadas por vazamento nas redes de abastecimento, sub-medição nos hidrômetros e fraudes.
“A maioria das capitais – 15 das 27 – perdem mais da metade da água produzida”, de acordo com o relatório. Porto Velho, capital de Rondônia, é a campeã em desperdício, com 78,8% de perda. As cidades de Rio Branco, de Manaus e de Belém também têm índices superiores a 70%. O desperdício nessas capitais seria suficiente para abastecer quase cinco milhões de habitantes.
De acordo com a superintendente de Produção de Água da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Tânia Baylão, a redução de desperdício passa por garantia de investimentos nas redes e atendimento rápido de notificações de vazamentos.
“Combater a perda tem que ser uma diretriz básica, temos inclusive uma linha de financiamento prioritária para isso”. O Distrito Federal é a unidade da federação com o menor registro de perda na distribuição, com 27,3%.
Além da perda na distribuição, o relatório também apresenta um mapa do consumo doméstico de água e mostra que a média nacional, de 150 litros per capita, está 40 litros acima do recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória, o consumo ultrapassa 220 litros por dia.
“Infelizmente, o brasileiro acha que como temos bastante água no Brasil, não é preciso economizar. Pelo contrário, temos regiões em que se você dividir o volume de água pela população, podemos considerá-las como áreas de déficit hídrico, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo”, explicou o chefe das assessorias da Agência Nacional de Águas (ANA), Antônio Félix Domingues.
A representante do ISA Marussia Whately aponta a conta de água conjunta em condomínios residenciais como uma das causas do alto consumo em regiões urbanas. “O usuário acaba não tendo o mesmo cuidado com o aumento do consumo de água assim como tem com a conta de luz”, compara. Ela defende que “pequenas transformações em hábitos diários podem gerar grandes mudança” e acredita que a conscientização é uma das ferramentas para diminuir o desperdício.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Ciclo hidrológico


A água da Terra - que constitui a hidrosfera - distribui-se por três reservatórios principais: os oceanos, os continentes e a atmosfera, entre os quais existe uma circulação contínua – ciclo da água ou ciclo hidrológico. Este ciclo é responsável pela renovação da água no planeta.
O movimento da água no ciclo hidrológico é mantido pela energia solar e pela gravidade.
Na atmosfera, o vapor de água que forma as nuvens pode transformar-se em chuva, neve ou granizo dependendo das condições climatológicas. Essa transformação provoca o fenómeno atmosférico ao qual se chama precipitação.
A ciência que estuda o ciclo hidrológico é a Hidrologia e seus principais especialistas são os engenheiros hidrólogos, um ramo da engenharia hidráulica ou engenharia hídrica.

terça-feira, 1 de julho de 2008

A terra


A Terra é um planeta do sistema solar, sendo o terceiro em ordem de afastamento do Sol e o quinto em diâmetro. É o maior dos quatro planetas telúricos. Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades de água, tem placas tectónicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos. A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário que possui vida da forma a qual conhecemos. Alguns cientistas como James Lovelock consideram que a Terra é um sistema vivo chamado Gaia.
O planeta Terra tem aproximadamente uma forma esférica, mas a sua rotação causa uma deformação para a forma elipsóidal (achatada aos pólos). A forma real da Terra é chamada de Geóide, apresenta forma muito irregular, ondulada, matematicamente complexa.